top of page

A Caatinga

“Lá dentro no fundo do sertão, tem uma estrada das areias de ouro...”

O cantor e compositor ‘sertanês’ Elomar preludia as magias do sertão com esta frase, antes de entrar num mundo de cavaleiros, senhorios, princesas e vaqueiros. O sertão é uma nação única, própria, cujas fronteiras políticas entre estados delimitam apenas os espólios políticos e não a identidade do povo nem a paisagem catingueira.

Apesar de ocupar cerca de 10% do território brasileiro e somente no Brasil, as Caatingas são talvez a menos conhecida forma de organização de comunidades biológicas entre os cientistas brasileiros. Este ideia de ecossistema “patinho feio” está tão arraigada entre a população que mesmo a academia negligencia de maneira ativa o semiárido brasileiro¹. Mas recentemente, as coisas vêm mudando. A academia está descobrindo que as Caatingas não são apenas desconhecidas, mas um grande mundo de oportunidades para se exercer aquilo que a profissão de cientista/pesquisador nos permite: a inspiração, a provocação do ininteligível, a teorização sobre o novo.

bottom of page